Lipedema

O lipedema é uma condição crônica, genética e progressiva que envolve o acúmulo anormal de gordura subcutânea, nos membros, mais comumente nos membros inferiores e, em alguns casos, pode acometer os membros superiores. Este acúmulo é simétrico e desproporcional ao resto do corpo, resultando em dor, hipersensibilidade, edema, hematomas espontaneos e, frequentemente, problemas emocionais e psicológicos devido à alteração da aparência física. O lipedema afeta quase que exclusivamente mulheres e é frequentemente confundido com obesidade ou linfedema, embora tenha características e tratamentos distintos.

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Causas e Fatores de Risco

A causa exata do lipedema não é completamente compreendida, mas acredita-se que fatores hormonais e genéticos desempenhem um papel significativo. Os fatores de risco incluem:

  1. Gênero: O lipedema afeta predominantemente mulheres.
  2. Histórico Familiar: Há uma tendência de ocorrência familiar, sugerindo um componente genético.
  3. Alterações Hormonais: O lipedema frequentemente se desenvolve ou piora durante períodos de alteração hormonal, como a puberdade, gravidez e menopausa.
Sintomas

Os sintomas do lipedema podem variar em gravidade e podem incluir:

  1. Acúmulo de Gordura: Aumento simétrico de gordura nas pernas e, em alguns casos, nos braços, com preservação dos pés e mãos.
  2. Dor e Sensibilidade: A área afetada pode ser dolorosa ao toque e apresentar sensibilidade aumentada.
  3. Hematomas Espontaneos: A pele nas áreas afetadas é mais propensa a desenvolver hematomas e equimoses.
  4. Sensação de Peso e Desconforto: Sensação de peso e desconforto nas pernas, especialmente após longos períodos de pé ou sentado.
  5. Inchaço: Pode ocorrer inchaço, que tende a piorar ao longo do dia e melhorar com o repouso noturno.
  6. Problemas Psicológicos: Ansiedade, depressão e baixa autoestima devido à alteração da aparência física.
Diagnóstico

O diagnóstico do lipedema é geralmente clínico, baseado na história do paciente e exame físico. Os principais critérios diagnósticos incluem:

  1. Distribuição da Gordura: Acúmulo de gordura simétrico nas pernas e/ou braços, com preservação dos pés e mãos.
  2. Histórico Familiar: Presença de outros casos na família pode apoiar o diagnóstico.
  3. Hematomas: Propensão a hematomas com traumas mínimos.
  4. Sensibilidade: Dor e sensibilidade aumentadas nas áreas afetadas.

Exames de imagem, como ultrassonografia, podem ser usados para excluir outras condições, como linfedema ou problemas vasculares. A avaliação por um especialista com experiência em lipedema pode ser necessária para confirmar o diagnóstico.

Tratamento

O tratamento do lipedema visa aliviar os sintomas, melhorar a qualidade de vida e prevenir a progressão da doença. As opções de tratamento incluem:

  1. Terapia de Compressão: Uso de meias ou roupas de compressão para ajudar a reduzir o inchaço e melhorar o fluxo linfático.
  2. Drenagem Linfática Manual (DLM): Massagem especializada para promover a drenagem do fluido linfático e reduzir o inchaço.
  3. Exercícios Físicos: Exercícios são essenciais para o menjo adequado.
  4. Terapia de Pressão Pneumática: Dispositivos que aplicam pressão intermitente para ajudar na drenagem linfática.
  5. Cuidados com a Pele: Manter a pele hidratada e saudável para prevenir complicações, como infecções.
  6. Dieta: Ajuste diétético para dietas equilibradas e normoglicêmicas, com suspensão ou controle da ingesta de alimentos industrializados e ultraprocessados, carboidratos de alto índice glicêmico, bebidas alcóolicas e alimentos que promovam intolerância ou alergias alimentares.

Liposucção Assistida por Tumescência: Procedimento cirúrgico que remove o excesso de gordura subcutânea e pode aliviar os sintomas e melhorar a aparência. Deve ser realizado por cirurgiões plásticos experientes em lipedema, somente após já instituído o tratamento clínico para controle do processo inflamatório.

Manejo e Suporte

Além dos tratamentos médicos, o manejo do lipedema envolve um suporte abrangente e multidisciplinar:

  1. Aconselhamento Nutricional: Embora a dieta não cure o lipedema, uma alimentação balanceada pode ajudar a controlar o peso, melhorar a saúde geral e controle da dor, edema e inflamção local.
  2. Apoio Psicológico: Terapia e grupos de apoio podem ser benéficos para lidar com os aspectos emocionais e psicológicos da doença.
  3. Educação: Informar os pacientes sobre a condição, opções de tratamento e autocuidados pode empoderá-los a gerenciar melhor a doença.

Segurança e Referência no tratamento de

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